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Leitura Heráldica

Escudo I: Escudo oval, de prata, imagem de Nossa Senhora do Amparo, assente em chão de azul, de carnação, vestida de branco e com manto de ouro, coroada com coroa real de oito arcos (cinco visíveis) e rodeada por resplendor de negro. Ladeada por duas figuras, de carnação e vestidas de branco, saintes por trás do manto a que seguram as pontas. Em contra-chefe, à sinistra, figura humana ajoelhada, de carnação e vestida de negro. Escudo II: Escudo oval, de prata, com cinco escudetes de azul postos em cruz, carregados de cinco besantes de prata cada, em sautor. Bordadura de vermelho carregada com sete castelos de ouro (armas de Portugal). Suporte: de fantasia, de ouro, que sustenta os dois escudos ovalados, colocados à banda e adossados à ponta Coroado por coroa real de quatro arcos, sendo três visíveis. Listel: em faixa de prata e letras de negro “Misericórdia de Penafiel”. Tradição Histórica do escudo de armas da Misericórdia de Penafiel O exemplo mais antigo que se conhece do escudo de armas da Misericórdia de Penafiel difere sensivelmente do modelo actualmente em uso. Trata-se de uma tábua pintada, possivelmente da primeira metade do séc. XVIII, em que no primeiro escudo a figura de Nossa Senhora surge a meio corpo, coroada com coroa real de oito arcos (cinco visíveis), sem acompanhamento de qualquer outra figura. O conjunto era coroado pela coroa real de oito arcos, em vigor na heráldica régia daquela época. Do último quartel do séc. XVIII será o escudo de armas em pedra granítica que preside à fachada da capela de Nossa Senhora da Lapa (hoje capela de S. Cristóvão), onde as armas da Misericórdia de Penafiel surgem em escudo partido. O primeiro campo é preenchido por uma imagem de Nossa Senhora em corpo inteiro, não coroada; o segundo campo apresenta uma curiosa (se bem que heraldicamente incorrecta) interpretação das armas Reais. Está encimada por uma coroa real de quatro arcos (três visíveis). A sanefa de talha dourada e policromada que cobre o arco da igreja da Misericórdia, dos inícios do séc. XIX, apresenta já a figura de Nossa Senhora ladeada por dois anjos e com uma figura ajoelhada a seus pés, à direita do observador, o que corresponde à esquerda heráldica (sinistra). Continua a usar o que parece ser a coroa real de oito arcos, se bem que o trabalho de talha esteja feito de tal modo que permite uma leitura errada. Nos finais do século XIX, no escudo de armas em pedra granítica que foi esculpido para a fachada do novo hospital da Misericórdia, surge novamente a figura da Virgem Maria ladeada pelas duas figuras que se presumem de anjos a segurar as pontas do seu manto, com as duas figuras humanas ajoelhadas a seus pés. Novamente o conjunto está sobrepujado por coroa real de oito arcos. Esta escultura terá sucedido no tempo a um primoroso trabalho em estuque, o escudo de armas da Misericórdia que decora o medalhão central do tecto do Salão Nobre da Santa Casa (antiga Casa do Despacho). Nesta escultura em estuque pode-se ver a figura de Nª Sra. ladeada pelos dois anjos e pelas duas figuras humanas ajoelhadas. Tudo nesta composição leva a supor que tenha servido de inspiração ao escudo do hospital. Será em meados do séc. XX que a Santa Casa da Misericórdia de Penafiel altera a sua imagem heráldica e institucional, introduzindo ligeiras mudanças ao seu escudo. Uma das figuras ajoelhadas (a que está à dextra) é suprimida e a coroa real que encima o conjunto é substituída por uma coroa real de quatro arcos (três visíveis). É este o escudo que actualmente está em uso na Misericórdia de Penafiel.

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